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31 de maio de 2023

Retenção de placenta em vacas leiteiras

As doenças uterinas possuem uma alta prevalência no período pós-parto, causando perdas na produção, reprodução e na saúde do animal. As principais doenças uterinas são retenção de placenta, metrites e endometrites. Dentre as doenças uterinas existentes vamos citar retenção de placenta.

Retenção de placenta é quando a vaca não expulsa as membranas fetais (placenta) até 12 horas após o parto. É uma doença do trato reprodutivo bovino e a sua incidência varia, aproximadamente, de 1,9% a 39,2%.

Os fatores mais relevantes para que ocorra a retenção de placenta são: Aborto, partos gemelar, distocia, indução ao parto, vacas multíparas, deficiência de cálcio, vitamina E e selênio, estresse térmico, estresse por mudança de local ou local sem conforto e algumas doenças como Diarreia viral bovina (BVD), brucelose entre outras.

De todos estes fatores citados é importante salientar a interferência da imunidade. Os neutrófilos (defesa do animal) são os “soldados” que estão na primeira linha de defesa no organismo. Toda vez que esta vaca passar por situações de estresse no período pré- parto, ou por alguma deficiência por exemplo de cálcio, os neutrófilos diminuem sua função e poucos conseguem chegar até a adesão da carúncula para ter maturação e liberação. Estudos recentes demonstram que a grande maioria das vacas com retenção de placenta apresentam redução da função dos neutrófilos. Logo, vacas com retenção de placenta apresentam menor função imune placentária, o que impede sua rejeição imune e provavelmente representa a causa da retenção de placenta.

Os prejuízos causados pelas retenção de placenta são o atraso na involução uterina, taxas de prenhes 10 a 15 % menor, aumento do número de inseminações por prenhes, redução da taxa de prenhes na primeira inseminação em até 20%, aumento da incidência de outras doenças uterinas como: metrite, endometrite, outras doenças aumentam também como deslocamento de abomaso, cetose e mastite, além da baixa produção de leite.

A prevenção dessa doença exige a realização de programas nutricionais e de saúde da vaca no período seco tais como bem estar animal evitando estresse, adequado manejo nutricional dietas próprias, água limpa e a vontade, condição corporal entre 3 e 3,5 de escore para parir, suplementação com vitamina E e selênio.

 

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