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4 de agosto de 2025
Oídio no trigo: como controlar desde o início
Fonte: Mais Agro/Syngenta
Em muitas regiões produtoras de trigo, o oídio já é considerado um velho conhecido. No entanto, sua capacidade de se instalar de forma precoce, evoluir silenciosamente e causar perdas expressivas ainda representa um dos maiores desafios no manejo sanitário da cultura.
Por ser uma doença foliar de fácil dispersão e difícil contenção quando avançada, o oídio precisa ser identificado e controlado logo nas fases iniciais, especialmente durante o perfilhamento — momento crítico para o estabelecimento do potencial produtivo do trigo.
Neste artigo, você vai entender os principais fatores que favorecem a ocorrência do oídio, como reconhecer os primeiros sinais e por que o manejo antecipado é decisivo para evitar prejuízos significativos.
O que é o oídio do trigo?
O oídio é uma doença causada pelo fungo Blumeria graminis f. sp. tritici, que se manifesta principalmente nas folhas jovens, mas também pode atingir colmos e espigas, dependendo do estágio de desenvolvimento da planta e das condições climáticas.
A infecção é favorecida por clima ameno, baixa umidade relativa e pouca ventilação entre plantas — condições comuns durante o perfilhamento. Seu poder de disseminação pelo vento e a capacidade de colonizar rapidamente os tecidos tornam essa doença um risco constante, principalmente quando não é monitorada desde o início.
Como identificar os primeiros sinais do oídio?
Os sintomas iniciais do oídio no trigo são discretos, o que dificulta sua detecção precoce. Os principais sinais incluem:
– Manchas esbranquiçadas ou pulverulentas na superfície das folhas;
– Amarelamento (clorose) ao redor das lesões;
– Leve enrugamento ou deformação da lâmina foliar;
– Redução de vigor nos perfilhos afetados.
Esses sintomas podem surgir logo após a emergência da planta e tendem a se intensificar no perfilhamento, fase crítica em que o trigo está formando seu estande e potencial produtivo. O monitoramento nessa etapa é essencial para uma intervenção eficaz.
Por que o oídio impacta tanto a produtividade do trigo?
Apesar de parecer inofensivo no início, o oídio compromete funções vitais da planta. Ao reduzir a área foliar ativa, ele diminui a capacidade de fotossíntese, interferindo diretamente no desenvolvimento dos grãos.
Além disso, o enfraquecimento dos perfilhos pode resultar em menos espigas férteis, grãos menores e de menor valor comercial. Dependendo da severidade da infestação, as perdas de produtividade podem chegar a 40%, impactando diretamente o retorno econômico da lavoura.
O perfilhamento: fase crítica para o manejo do oídio
O perfilhamento é uma das fases mais importantes do ciclo do trigo — e também uma das mais vulneráveis ao oídio. É nesse momento que o fungo encontra condições ideais para se instalar e se propagar, muitas vezes sem que o produtor perceba.
Como a doença se dissemina rapidamente e tem preferência por tecidos jovens, esperar pelos sintomas visíveis pode ser tarde demais. Por isso, o manejo precisa ser preventivo, com estratégias bem posicionadas desde o início do ciclo.
O oídio no trigo é uma ameaça real — silenciosa, persistente e economicamente danosa. O produtor que deseja proteger sua lavoura com eficiência precisa olhar para essa doença com seriedade desde o início do ciclo.
A partir do perfilhamento, todo cuidado é pouco: monitorar, reconhecer os sinais e agir com antecedência são medidas que fazem a diferença entre um ciclo produtivo e um ciclo comprometido.
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