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Notícias

27 de outubro de 2025

Uso de herbicidas pré-emergentes é decisivo para a produtividade da soja, aponta pesquisa da RTC/CCGL

Estudos conduzidos pela Rede Técnica Cooperativa (RTC/CCGL), em parceria com cooperativas singulares e suas áreas experimentais, reforçam a importância estratégica do uso de herbicidas pré-emergentes no manejo de plantas daninhas em lavouras de soja. De acordo com o pesquisador da RTC/CCGL, Dr. Mário Bianchi, a escolha correta do herbicida, associada ao conhecimento do histórico da área e das espécies infestantes, é fundamental para garantir um controle eficaz e evitar perdas significativas de produtividade.

Segundo o pesquisador, o primeiro passo para um manejo eficiente é conhecer o histórico de infestação da lavoura. A definição do herbicida mais ajustado depende do conjunto de plantas daninhas presentes e de possíveis casos de resistência. Em muitos casos observados nos experimentos da RTC/CCGL, falhas de controle estiveram relacionadas a escolhas inadequadas de produtos frente às espécies predominantes, à presença de resistência de plantas daninhas aos mecanismos de ação utilizados e também à ausência de chuva após a aplicação, o que impede a incorporação do herbicida ao solo e reduz sua eficiência. “Os herbicidas pré-emergentes precisam de umidade para serem ativados no solo. Se a chuva não ocorre até dois dias após a aplicação, há risco de emergência de plantas daninhas antes que o produto se torne efetivo”, explica Bianchi.

Os resultados dos estudos realizados na safra 2024 demonstram diferenças expressivas na produtividade líquida das lavouras conforme a estratégia de manejo utilizada. Sem o uso de pré-emergente, apenas com aplicação de glifosato em pós-emergência no estádio V6 da soja, a produtividade alcançou 63 sacos por hectare. Já quando o herbicida pré-emergente foi associado ao glifosato, o rendimento subiu para 79 sacos por hectare. E, nas áreas em que o pré-emergente escolhido foi o mais ajustado às espécies de plantas daninhas presentes, aliado à aplicação pós-emergente, a produtividade chegou a 84 sacos por hectare, um ganho de 21 sacos em relação à área sem o uso do produto.

Esses resultados evidenciam o impacto da competição de plantas daninhas nas fases iniciais da cultura. “A competição até o estádio V6 da soja, especialmente com espécies como caruru, leiteira e papuã, pode reduzir a produtividade em mais de 20 sacos por hectare. Essa perda é irreversível”, ressalta o pesquisador.

O investimento necessário para o uso de herbicidas pré-emergentes, conforme levantamento realizado pela RTC/CCGL com base em dados de 13 cooperativas e empresas parceiras, varia de R$ 60 a R$ 90 por hectare, podendo chegar a R$ 150 em situações de maior complexidade, como áreas com presença de gramíneas resistentes. Na prática, esse valor representa aproximadamente o custo de um saco de soja por hectare, enquanto o retorno pode chegar a 10, 15 ou até 20 sacos a mais por hectare, dependendo das condições de infestação. “Estamos falando de investir o equivalente a um saco de soja para garantir a colheita de até 20 sacos adicionais. É uma das relações custo-benefício mais favoráveis no manejo da cultura”, destaca Bianchi.

O pesquisador também reforça que a decisão sobre qual herbicida utilizar deve priorizar a eficácia de controle e não apenas o preço do produto. “Primeiro escolhemos os herbicidas eficazes para as espécies presentes na lavoura. Entre esses, aí sim optamos pelo mais econômico. O erro é inverter essa lógica e escolher apenas pelo custo, comprometendo o resultado final”, afirma.

Com a crescente ocorrência de caruru resistente ao glifosato, os herbicidas pré-emergentes tornam-se uma ferramenta fundamental no manejo integrado de plantas daninhas. “Hoje, diante da resistência, o pré-emergente não é mais uma opção. É uma necessidade para manter a produtividade e a sustentabilidade da lavoura de soja”, conclui Bianchi.

A Rede Técnica Cooperativa (RTC), coordenada pela CCGL, atua em parceria com cooperativas singulares, pesquisadores e instituições de pesquisa, promovendo estudos aplicados e soluções técnicas que contribuem para o avanço da produtividade e da sustentabilidade nas lavouras do sistema cooperativo.

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